6 de março de 2012
“Algum dia, alguém irá aparecer, e vai te cuidar de uma forma que
ninguém jamais te cuidou. Vai te dar conselhos quando for preciso, vai
te dar um abrigo entre seus braços tão calorosos e te proteger do mundo
lá fora, vai te dar lição de moral quando você cometer algum erro, mesmo
que for um erro bobo, vai te dar um banho bem gelado quando você encher
a cara, e vai te perguntar várias vezes porque você fez isso, vai fazer
um café bem amargo pra você tomar e ficar melhor. Vai contar as piadas mais sem graças só pra você rir,
vai todos os dias antes de dormir sussurrar no seu ouvido o quanto te
ama, vai ficar feliz só por você estar feliz também. Essa pessoa vai te
abraçar bem forte e dizer que sempre estará ali, vai te irritar a maior parte do dia,
vai te admirar enquanto você estiver dormindo, e irá te acordar com um
sorriso enorme. Vai te contar histórias de terror antes de você dormir
só pra você ficar com medo e os dois se abraçarem. Essa pessoa vai
ouvir as suas lamentações sem reclamar, sem te interromper, vai te
escutar quando todo mundo não querer mais ouvir a sua voz. Vai te
ajudar em algo difícil que você não conseguiria só, vai te estender a
mão, ou até mesmo as duas quando você estiver no chão, essa pessoa não
vai te falar o tempo todo que te ama, mas vai ter atitudes de quem ama
de verdade. Vai te surpreender todos os dias, com cafés da manhã na
cama, com bilhetes no meio de flores, vai te fazer sorrir a todo minuto.
Essa pessoa vai planejar um futuro longo com você, vai amar o que você é
por dentro primeiramente, vai enxugar as suas lágrimas, vai sorrir com
você, vai cuidar de você. E essa pessoa que irá aparecer, vai ser quem você irá chamar todos os dias de ‘‘amor da minha vida.””
“Você sempre disse que meu sorriso era o mais bonito que você já viu,
mas reclama que não tem visto ele ultimamente quando você está presente.
Você tem pedido pra eu sorrir, e eu não o faço. Você pergunta por que,
mas eu nunca justifiquei. Você sabe por que, meu amor? Porque meu
sorriso, na verdade, é dependente do seu. Você sempre teve um
poder fora do normal de me fazer sorrir mesmo quando existem coisas que
me matam por dentro. Como daquela vez em que eu te vi chorando numa
festa e você me disse que seu namorado te deu o fora, alegando que ele
merecia coisa melhor. Suas lágrimas me feriram como ácido puro. Então eu disse que se ele achava isso, era porque ele não estava aguentando a pressão de cuidar da perfeição em pessoa, e você sorriu. Consequentemente, eu sorri em seguida. Nesse dia, eu me apaixonei por você. Porque além de me fazer sorrir, você me entendia e não desgrudava de mim.
E eu cuidei de você, fingindo que era minha. Como daquela vez em que
você estava morrendo de sono no banco do passageiro e eu cantei pra você
dormir, mas você teve um ataque de risos com a minha voz rouca e
desafinada e não dormiu porcaria nenhuma. Houve também aquele dia que
estava frio demais, e você estava com duas blusas e ainda assim tremia
os dentes. Então eu dei a minha blusa pra você e esse… esse foi o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida.
Foi nesse dia que eu descobri que te amava. Esse era parecido com
aquele de quando estávamos andando na rua e o salto alto do seu sapato
do pé esquerdo quebrou e não tinha jeito de consertar. Você ficou tão
brava que tive medo de você. Então eu tirei meu tênis, joguei no primeiro lixo que encontrei, peguei sua mão e caminhamos descalços.
Nós dois sem calçado, rindo da reação das pessoas. Nesse dia, seu
sorriso dizia – sem palavra nenhuma – que sabia que eu estaria ao seu
lado não importa em qual situação. Mas daí tudo ficou diferente. Você começou a ficar distante, teve um vai-e-vem de pessoas na sua vida, na sua casa e eu que antes era importantíssimo… acabei virando opcional. Justo eu, que te conheço como ninguém no mundo conhece, que te admira, que te venera, que te ama. Justo eu, que sempre lutei pelo seu sorriso lindo, fui escolhido pra ser afastado do seu cotidiano.
Seu sorriso se tornou difícil. Nunca vou esquecer-me do dia em que um
idiota disse que você era muito pouco, e quando eu disse que você era
muito mais do que ele imaginava, tudo o que você me disse foi “eu sei”. E seu sorriso foi direcionado para seu reflexo no espelho. Você comemorava com você mesma a vitória de superá-lo sozinha. Meu comentário não teve efeito algum.
Teve também seu aniversário, que eu cacei por toda cidade um presente
legal, e sem querer, eu vi aquela casinha da Barbie pequenininha que
você queria desde criança, que era cor-de-rosa e lilás, mas nunca teve.
Eu comprei sorrindo e dei junto de um cartão com fitas coloridas. Você
sorriu. Mas foi um sorriso… estranho. Que eu nunca tinha visto
antes. Então você pegou a caixa, colocou em cima da sua cama e disse que
mais tarde procuraria algum lugar pra deixar à vista. E eu nunca mais vi aquela casinha.
E seu sorriso? Transbordava pena e sarcasmo. Mas eu não me importei,
sabe? Não me importei porque, embora você tivesse se transformado, meu amor era maior que qualquer coisa existente.
E então um dia desses, depois de insistir por muito tempo, você aceitou
sair comigo sob a condição de levar seus “novos amigos” conosco, e eu
não discordei. Você estava linda com aquele vestido preto brilhante, mas
quando você fechou a porta do carro, ele ficou preso e rasgou
ocasionando um desastre. E quando eu te ofereci meu casaco, eu entendi
porque eu não via mais os seus lindos sorrisos. “Eu não preciso de você”. Eu fui embora, e mais tarde você apareceu em casa, tentando se desculpar e fazendo piadas bobas. Você gargalhava, ria muito. Mas eu não sorri em momento algum. Você provou pra mim que eu me tornei um encosto, e que todo tempo que estive ao seu lado, era só pra você não ficar sozinha, só porque ninguém mais queria te fazer companhia.
Depois de anos suando pelo seu sorriso, você admitiu o que não dizia
por pena. Eu posso ter sido bobo, posso ter sido tonto vez em quando. Mas eu juro por tudo que é sagrado no mundo, eu só queria te ver sorrir. Sozinha, você me deu tudo. E sozinha também, arrancou esse tudo de mim. E é por isso meu amor, pelo fato do seu ego finalmente ser maior que o amor que eu sinto por você, que você não merece nenhum vestígio dos meus sorrisos.”
Onde fica o botão deletar o passado? É, as vezes dá vontade. Vontade de deletar aquilo que não serve mais, que atrasa a minha vida e que me impede de seguir. Deletar o inútil, o desagradável, o que não presta. Tô falando de deletar você! Deletar, excluir, apagar por tempo indeterminado e sem essa de restauração. Tem como? Quem dera. Mas eu não precisava deletar nada não, só precisava seguir em frente sem olhar para trás. E foi o que eu fiz. -
“Me fatie. Pizza, todo mundo gosta de comer, particularmente prefiro a massa fininha, prefiro pizza com a massa leve. Engorda. Odeio engordar, mas amo pizza.
Meu coração é como uma pizza, digo, ele está fatiado não que eu esteja
dividida em um amor, pelo contrario, ele está fatiado porque você
estraçalhou-me. Obrigada por me fazer sentir uma pizza. Lembro que
você gostava de me amar, pelo menos aparentava amar, aparentava quer
dizer que demonstrava aquilo que não é, você demonstrou amar e querer
cuidar, você aparentou. Mas não importa, não importa a dor agora, a
deixe de lado quero lhe mostrar os seus defeitos. Você só demonstra a
insegurança aparentando ser o que nem é. Inseguro. Imaturo.
Irresponsável. Responsável pelas lágrimas, minhas lágrimas. Odeio
chorar, borra o rímel. Odeio chorar ainda mais por você, sou orgulhosa,
sou extremamente uma pizza recheada de orgulho. Valeu a pena me enganar?
Amor falso, carinho forjado. Mais algo a declarar? Diga, agora, por
favor. Diga antes que eu comece a falar novamente. Melhor, se cale. E
apenas escute, leia ou o quer que seja. Estou raiva, raiva de amar você
mais do que amo as pizzas. Droga, o seu amor engordurou-me a vida,
trouxe grandes problema. Trouxe lágrimas e levou sangue… Dizem que é
melhor se arrepender do que aceitar o erro, apesar de arrependimentos
não nos trazerem o passado de volta, mas eu me arrependo. Arrependo de
ter te amado e ter te chamado para comer uma pizza. Arrependi de ter
deixado você dormir na minha cama, me ver de cabelo desarrumado.
Arrependi de ter confiado e me entregado. Pra você foi casual, você
realmente me viu como uma pizza, estava faminto e quis se alimentar.
Lisonjeio agora, devo ter sido gostosa ao menos. Droga. Mas agora eu não
irei me ajoelhar e pedir a Deus que lhe proteja e que lhe traga de
volta, agora rezo a Deus para que me faça mais esperta, para que eu não
seja idiota. Rezo para que você não volte com olhar de arrependimento.
Rezo e peço a ele sua distancia. Física e sentimental. Você não é homem
para comer uma pizza inteira moleque… Você é homem para comer brotinho e
querido não sou uma brotinho. Não, eu não estou dizendo que sou
comestível. Não falo em relação a sexo, mas sim a sentimentos. Não sou
uma pizza pesada, eu sou leve ao menos era antes de conhecer você.
Arrependimento de ter saído aquele dia, ter saído pra arejar a mente e
ter encontrado você. Se eu não estivesse te encontrado nada disso
estaria acontecendo, Nada. Eu ainda estaria com dor, mas dor nas costas
de tanto dançar e não dor, essa dor que vem dentro. Afundando em
lagrimas. Já escutou que quando somos trocadas comemos? E eu gosto de pizza,
e sinto que a pizza gosta de mim, pois é sempre ela que acolhe minha
dor mesmo que seja me trazendo alguns quilinhos a mais, pelo menos ela
não me leva nada embora, pelo menos ela não me leva a felicidade embora.
Pizza.”
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